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Análise: Mercado de chefes de equipes é movimentado por dança das cadeiras

  • Foto do escritor: Laura Santos
    Laura Santos
  • 14 de dez. de 2022
  • 4 min de leitura

Quem pensou que a troca de cadeiras da Fórmula 1 acontece apenas com os pilotos está muito enganado. Hoje (13) o mundo amanheceu com a notícia da mudança de três chefes de equipes da principal categoria do automobilismo.


Foto: Fórmula 1


O recesso do fim de ano se iniciou de forma atribulada na Fórmula 1, toda a movimentação no mercado começou com a saída de Mattia Binotto da Ferrari. Sem muito prestígio com os fãs e enfrentando certa desconfiança por parte da equipe, o italiano acabou seu vínculo com a escuderia de uma forma triste, considerando toda a história que construiu durante o longo tempo em que esteve em Maranello. Infelizmente, o projeto de Mattia com a Ferrari não estava indo para frente e a equipe considerou a saída do italiano algo necessário para a continuação do projeto de restabelecimento da Ferrari como uma equipe de ponta. Com isso, a Ferrari teve de ir atrás de alguém experiente e não havia um nome que se encaixasse melhor no perfil que queriam do que Fred Vasseur.


O francês Fred Vasseur se encaixa tão bem no perfil requisitado pela Ferrari que já era cotado para o cargo desde o verão passado. Além disso, antes de ser contratado pela equipe italiana, era o diretor de equipe da Alfa Romeo – anteriormente Sauber – desde 2017. Lá, Vasseur fez algo que impressionou o mundo da Fórmula 1, conseguindo fazer da Alfa Romeo uma das equipes mais estáveis do grid. Ao contrário de outras equipes, a Alfa Romeo é uma equipe que se manteve regular, e conseguiu marcar pontos com certa frequência e se manter no meio, apesar de dificuldades em alguns momentos da temporada. O francês teve um papel importante nesse processo, comandando o time nesta jornada para a busca de estabilidade. Isso foi algo que chamou a atenção da Ferrari, bem como o bem-sucedido relacionamento com Charles Leclerc, principal aposta da equipe.



O objetivo de todas as equipes no começo do ano é o campeonato de construtores, independente de qual estejamos falando, mas isso é só no começo, a partir do momento em que o campeonato vai ganhando forma, as metas da maioria mudam. A estabilidade, porém, é algo que vai do começo do planejamento do carro até a última corrida da temporada. Além disso, é algo que a equipe italiana não tem há um tempo. Quando paramos para analisar a era híbrida da Fórmula 1, é possível ver a escuderia tendo momentos de glória ao mesmo tempo em que também enfrentou muitas dificuldades. Nos últimos 5 anos, a Fórmula 1 viu a Ferrari lutar por títulos e também lutar para ficar na parte superior do midfield.


Após anos em uma equipe em que teve uma relação de respeito e admiração mútua, Fred Vasseur certamente sentiu ao deixar a Alfa Romeo – especialmente com o grande projeto da Audi que vinha pela frente –, mas é certamente, quase que impossível, recusar um dos trabalhos mais cobiçados da Fórmula 1.


“Estou realmente encantado e honrado em assumir a liderança da Scuderia Ferrari como chefe de equipe. Como alguém que sempre teve uma paixão vitalícia pelo automobilismo, a Ferrari sempre representou o auge do mundo das corridas para mim.”, disse o novo chefe de equipe da Ferrari para a Fórmula 1.


O mercado, a partir daí, ficou ainda mais movimentado. Apesar da saída de Jos Capito da Williams ter sido algo importante, não foi mais chocante do que a saída de Andreas Seidl da McLaren. Após 3 anos de parceria de Seidl com Zak Brown e a equipe McLaren, o alemão decidiu que era hora de seguir em frente.


Foto: McLaren F1


Seidl teve uma passagem brilhante pela equipe britânica, fazendo parte deste projeto de reconstrução da papaia da Fórmula 1. Andreas sai do Reino Unido com 8 pódios e 1 vitória, além de um projeto bem sucedido de restabelecer a McLaren como uma equipe de upper midfield, como chamam, do grid. Desde 2019, com a entrada do alemão como diretor de equipe, a McLaren não terminou abaixo do quinto lugar no campeonato de construtores, adquirindo certa estabilidade. Seidl sai para ser o novo CEO da Alfa Romeo, um desafio parecido com o que teve quando foi contratado por Zak Brown.


Apesar de ser uma escuderia diferente, o desafio é parecido: trazer uma equipe de baixo do grid para estabilizá-la como uma das de cima do grid. A Alfa Romeo, com o projeto da Audi se aproximando, quer se estabelecer como uma grande equipe na nova era da Fórmula 1 que está por vir e disso Andreas Seidl entende.


“Mal posso esperar para me juntar à equipe e trabalhar com todos os colegas do Grupo Sauber nas metas ambiciosas que estabelecemos juntos. Quero agradecer a Finn Rausing e a todos do Grupo Sauber pela escolha: estou ansioso para retribuir a confiança com meu trabalho.”, disse Andreas Seidl para a Fórmula 1. Essa pode ser uma parceria bem sucedida com o planejamento certo.


Foto: McLaren F1


E para finalizar as movimentações de hoje no mercado, a McLaren anunciou seu novo diretor de equipe. Essa equipe tomou uma decisão diferente, ela decidiu não contratar, mas sim promover um engenheiro para ser seu novo diretor de equipe. Essa é uma grande mudança para Andrea Stella. Curiosamente, foi a mesma coisa que aconteceu com Mattia Binotto, e, apesar deste não ter dado um resultado incrível, existem exemplos dessa mesma situação que deram certo – com Ross Brawn, um dos chefes mais bem sucedidos da Fórmula 1, sendo um deles. A McLaren apostou em Stella como sua primeira opção, segundo Zak Brown, uma pessoa que está na equipe desde 2015 e ganhou a confiança do time durante os anos anteriores.


Desta maneira, a Fórmula 1 está com quase todas as principais vagas preenchidas novamente, faltando apenas o chefe de equipe da Williams e Alfa Romeo, visto que Seidl foi anunciado como CEO e não temos maiores informações sobre o chefe da equipe . Após um dia intenso no esporte, todos se perguntam qual será o próximo movimento e aguardamos ansiosamente pelos conseguintes passos e mudanças que nos aguardam.


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